A vida comunitária na Igreja não é apenas uma reunião semanal para ouvir a palavra de Deus, mas um espaço de edificação, onde os crentes se suportam uns aos outros e crescem juntos na fé.
A comunhão com a Igreja é uma das expressões mais profundas da fé cristã. A Igreja não é apenas um local físico onde nos reunimos para adoração, mas é uma comunidade de crentes que, unidos pelo Espírito, formam o corpo de Cristo. A palavra “Igreja” no Novo Testamento, em grego ekklesia, significa “assembleia” ou “chamada para fora”, o que enfatiza a ideia de que os crentes são chamados para fora do mundo e para uma nova realidade em Cristo. A comunhão com a Igreja, portanto, não é opcional, mas essencial para o crescimento espiritual e para a vivência plena da fé cristã.
Em Atos 2:42-47, vemos uma bela descrição da vida da Igreja primitiva: “Eles se dedicavam ao ensino dos apóstolos, à comunhão, ao partir do pão e às orações”. A comunhão era marcada pela partilha da vida, pelo cuidado mútuo e pela unidade em Cristo. A vida comunitária na Igreja não é apenas uma reunião semanal para ouvir a palavra de Deus, mas um espaço de edificação, onde os crentes se suportam uns aos outros e crescem juntos na fé. Em Hebreus 10:24-25, o autor nos exorta a não abandonar a nossa reunião, mas a encorajar uns aos outros, especialmente “ao ver que se aproxima aquele Dia”. A comunhão com a Igreja é uma expressão da nossa unidade com Cristo, que nos chama a viver não apenas para nós mesmos, mas para os outros.
A Igreja é, então, um lugar de crescimento espiritual. Em Efésios 4:11-13, Paulo ensina que os ministros da Igreja são dados para “aperfeiçoar os santos para a obra do ministério, para edificação do corpo de Cristo”. O crescimento na fé não é algo que acontece de maneira isolada, mas dentro da comunidade cristã, onde há ensino, orientação, correção e encorajamento. A Igreja é o contexto em que os crentes exercem seus dons espirituais, se tornam responsáveis uns pelos outros e trabalham juntos para expandir o Reino de Deus.
A comunhão com a Igreja também é um meio pelo qual experimentamos o amor de Deus. Jesus, em João 13:34-35, disse: “Um novo mandamento vos dou: que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei, que também vos ameis uns aos outros. Nisto conhecerão todos que sois meus discípulos, se vos tiverdes amor uns aos outros”. O amor que experimentamos na Igreja é um reflexo do amor de Cristo, e é esse amor que nos torna uma testemunha viva do evangelho. A comunhão com a Igreja, portanto, é não apenas uma bênção para o crente individualmente, mas uma missão para o mundo, pois a unidade e o amor da Igreja são sinais visíveis da realidade do Reino de Deus.
Em conclusão, a comunhão com a Igreja é vital para a vida cristã, pois é na Igreja que somos formados, corrigidos e fortalecidos. É também na Igreja que exercemos a nossa vocação de servir aos outros e de ser luz no mundo. Por isso, a participação ativa e comprometida com a Igreja é essencial para uma vida cristã autêntica e frutífera.